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Politeia

Os conteúdos obrigatórios, como português e matemática, são desenvolvidos através de projetos coletivos e alunos de diversas idades se misturam na mesma classe. Uma avaliação individual de cada aluno, com uma análise de suas facilidades e dificuldades, está no lugar das provas convencionais. 

Baseada na corrente pedagógica chamada de educação democrática, a escola Politeia, localizada na zona oeste de São Paulo, adota um método de ensino diferenciado que tem por objetivo formar pessoas autônomas e emancipadas.

 

Logo no início do dia, eles fazem uma roda de conversa com alunos, educadores e funcionários e, só em seguida, seguem com seu cronograma. Este varia entre grupos de estudos, assembleias, orientação de pesquisa, ateliês e laboratório. 

 

Nos grupos de estudos as crianças lançam um tema de seu interesse para ser estudado e analisado e por meio dele relacionam com diversos assuntos como história, física e outras matérias. A partir dessa escolha o aluno sente um gosto maior pelo aprendizado e se torna mais criativo. 

 

É uma escola que não tem provas nem um diretor que dita todas as regras. E os professores, na verdade, servem como tutores para guiar as crianças em seus estudos.

Os educadores não utilizam métodos de repressão nem impõem determinada hierarquia; a relação se baseia em uma constante troca de igual para igual. "Com temas desde o que acontece com os ossos de dinossauros até construir Pokémons, o educador vai fazendo com que o estudante seja questionado sobre as coisas que ele está trazendo para dar passos adiante nessa elaboração do conhecimento”, contou uma das educadoras, Carolina Sumie. A avaliação é feita de forma constante e contínua. Para que não seja pontual, eles fazer um registro semanal sobre o aproveitamento de cada um dos alunos. 

 

A lei de diretrizes e bases da educação (LDB), a última de 1996, fala sobre a autonomia das escolas para terem suas

propostas pedagógicas. Ou seja, só exige que se tenha ciclos, dando espaço para projetos como esse. Eles acreditam

que os espaços de participação precisam estar cada vez mais presentes nas escolas porque ela é um espaço de

formação para a cidadania.   

 

A partir das regras, que são elaboradas por todos, eles pregam a interação e solidariedade entre os indivíduos para viverem em comunidade. Todos cooperam na organização dos espaços; diversos cartazes estão espalhados pela escola com o nome e a respectiva tarefa de cada um, desde arrumar a sala até lavar a louça. Assim, as crianças aprendem desde muito cedo a imporem seus próprios limites e a lidar com essa harmonia entre o individual e o coletivo. 

 

Feito por Natalia Vieira, estudante de jornalismo da faculdade Cásper Líbero.

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